quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

sábado, 27 de janeiro de 2007



Poema 20

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".
O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu amei-a e por vezes ela também me amou.
Em noites como esta tive-a em meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela amou-me, por vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.
Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
A minha alma não se contenta com havê-la perdido.
Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, ela não está comigo.

A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.
Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.
Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.
Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.
Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.
É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.

Porque em noites como esta tive-a em meus braços,
a minha alma não se contenta por havê-la perdido.
Embora seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.


Pablo Neruda (1904 - 1973)
in "Veinte poemas de amor y una canción desesperada" (1924)

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007


o Milagre da Vida
Embora muitas vezes zangados com a Vida, a verdade é que se reflectirmos um pouco, descobriremos que ao sermos concebidos pelos nossos Pais, fomos, por um destino desconhecido, escolhidos entre milhões de possibilidades, nas quais só nos fez ser o "eleito".
Não foi por acaso, pois nada é por acaso.
Mas sim por uma razão que nos que nos ultrapassa e nos deu esta maravilhosa oprtunidade a que chamamos VIDA.
Eis porque, mesmo no meio de desgostos, preocupaões e às vezes desilusões, esta energia emerge do mais profundo do nosso SER para nos mostrar o milagre da existência...
Como dizia um dos grandes pensadores do nosso tempo "o que não me mata, torna-me mais forte"...
Assim, viver é já um privilégio, uma escolha, um destino que temos de amar e respeitar.
Somos provavelmente, uma emanação de um Deus que ao pôr-nos à prova, nos deu também a possibilidade de contemplar este maravilhoso Universo.
Não é pois, nem por acaso, que as estrelas estão no céu, que as flores desabrocham, que os pássaros cantam e que o Homem sonha.
Em cada um de nós há esse espaço escondido, como um hino à Vida, já que o deslumbramento nem sempre ilumina os nossos corações.
Ver nascer uma criança, olhar a erva que cresce, reparar e sentir a luz do Sol, são actos simples, mas que estão muito para além da razão que os pudesse explicar.
Só que distraídos com o dia-a-dia, e com os problemas da sobrevivência, já não reparamos, apenas vemos:
E reparar é tornar a ver, sentir e amar todo o esplendor da Natureza que nos deu VIDA e nos permitiu ensar, sonhar e amar:
Amar a Vida é pois um caminho para a compreensão desse milagre.
Sejamps pois dignos disso e que cada um de nós, reservemos um minuto de reflexão para contemplarmos este bem que nos foi dado.
Assim seja
Foto: "Candura" by Ricardo Cruz


Fica silêncio.Fica por favor.Trás o vazio contigo para não ter por onde deixar fugir a saudade. Para doer como dói a saudade.Para doer com força!
Tenho tanto medo de esquecer. Tanto medo de perder tudo o que guardei em mim.Tanto... Tanto que quero ficar sempre sozinha para nunca me lembrar que há mais gentes, que há mais amores.. Assim não me vou esquecer de vos continuar a amar tanto, como desde sempre amei.
A solidão torna-se quase um vicio quando não estão.Quase um vicio.


(apeteceu-me...lol)

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Um texto que recebi de parte incerta...

Digamos que um sujeito chamado André conheceu uma rapariga chamada Rita.
Ele convida-a para ir ao cinema; ela aceita; eles vão e divertem-se.
Alguns dias depois, ele a convida para jantar, e também se divertem.
Eles continuam a ver-se regularmente, e depois de um tempo nenhum deles consegue sair com outra pessoa. E então, numa noite quando estão a voltar para casa, um pensamento vem à cabeça da Rita, que, sem muito
pensar, diz:
- Já reparaste que esta noite fazem seis meses que saímos juntos?
De repente, um silêncio instaura-se no carro. Para a Rita, é um silêncio longo e profundo.
Ela pensa:
"Xxxiii, espero que ele não se chateie com isso. Talvez ele esteja farto do nosso relacionamento. Talvez esteja a pensar que eu estou a força-lo a um compromisso que ele não quer de momento, ou não tem muita certeza".
E André a pensar:
"PPooorrrrraaaaaa! Seis meses!"
E Rita pensa:
"É, mas eu não sei se ele quer este tipo de relacionamento. Às vezes eu penso que seria bom eu ter um pouco mais de espaço, para ter tempo para pensar no que quero neste relacionamento, para onde estamos a caminhar...
Isto é, se é ele mesmo que eu quero... Se queremos continuar a ver-nos deste jeito ou queremos mais intimidade... Será que nos vamos casar?
Ter filhos? Será que eu estou pronta para este compromisso? Será que eu conheço-o tanto assim?"
E André pensa:
"Seis meses... Quer dizer que foi em Abril, logo depois que eu comprei o carro... Isso quer dizer que... deixa ver o papelinho do óleo...MMMeerrdddaaa... Passei os quilómetros da troca do óleo!".
Rita está pensando:
"Ele está chateado. Vê-se isso no rosto dele. Talvez eu esteja redondamente enganada. Talvez ele queira mais do nosso relacionamento, mais intimidade,mais compromisso; talvez ele tenha percebido, até mesmo antes de mim, que eu estou com algumas reservas.Sim, aposto que é isso. É por isso que ele está tão relutante em falar dos seus sentimentos. Ele tem medo de ser rejeitado."
E André pensa:
"Eu preciso ver a caixa das mudanças. Não me interessa o que a besta do mecânico diz, algo tá mal....não engata bem a 3ª. E ele que não me venha dizer que é por causa do frio. Já estamos quase no Verão e a 3ª entra
mal. E eu já lhe pedi para ver outra vez e tudo...".
E a Rita pensa:
"Ele tá zangado. E não posso culpá-lo. Eu estaria zangada também. Meu Deus, como me sinto culpada, a deixa-lo deste jeito. Mas não posso impedir de me
sentir insegura..."
E André pensa:
"Com certeza ele me vai dizer que a garantia de três meses já acabou. Sacana, eu sei que é isso que ele vai dizer!"
E Rita continua a pensar:
"Talvez eu seja muito idealista, á espera do cavaleiro no cavalo branco,quando estou sentada ao lado de um rapaz á maneira, um rapaz com quem gosto de estar, um rapaz que se preocupa comigo, e com quem eu me preocupo. Um rapaz que está chateado pelo meu egoísmo, pela minha fantasia de menininha."
E André continua a pensar:
"Garantia? Que se f.oda a garantia. Eu quero é que a 3ª entre sem arranhar.
Eles podem é enfiar a garantia no c.ú. Eu tenho os meus direitos..."
- André - diz Rita em voz alta.
- O quê? - responde o André, assustado.
- Por favor, não te tortures mais - ela continua, com lágrimas a quase encherem os olhos - Talvez eu não devesse... Oh, meu Deus, estou a sentir-me tão... - Ela pára, soluçando.
- O que? - pergunta André.
- Eu sou uma tonta - diz Rita - O que quero dizer é..... sei que não existe cavaleiro. Eu sei disso de verdade. É estupidez. Não há cavaleiro, e não há cavalo.
- Não há cavalo? - pergunta André.
- Tás a pensar que eu sou Tontinha , não é? - pergunta Rita.
- Não - diz André, aliviado por ter encontrado finalmente a resposta
correcta.
- É só que eu preciso... - continua Rita - preciso de um tempo.
Passam-se quinze segundos, durante os quais André, pensando o mais rápido que pode, tenta encontrar uma resposta conveniente. Finalmente ele acha
uma que deve servir:
- Tá certo.
Rita, profundamente magoada, toca na mão dele.
- Oh, André, realmente sentes isso?
- O quê? - pergunta André.
- Acerca do tempo - diz Rita.
- Oh - diz André - Sim.
Rita vira-se para ele olhando-o no fundo dos olhos, assustando-o com o que ela vai dizer, principalmente na questão do cavalo!
- Obrigado, André - diz ela.
- Obrigado - diz André.
Ele leva-a para casa. Ela deita-se na cama, cheia de remorsos, a alma torturada, e desata a chorar.
Enquanto isso, André vai para a casa dele, faz umas pipocas, liga a televisão, e "assiste" profundamente a um jogo de futebol do campeonato alemão da 2ª divisão entre duas equipas de quem ele não tem a mais remota
ideia de quem sejam. Uma voz lá do fundo avisa-o que alguma coisa séria foi discutida no carro, mas ele tem certeza que não iria entender mesmo, portanto é melhor nem pensar nisso. O que, aliás, é o que ele pensa também a respeito da fome no terceiro mundo...
No dia seguinte Rita vai ligar para sua melhor amiga, ou talvez duas, e elas irão ficar a conversar a respeito da situação durante seis longas horas.Com detalhes coloridos, elas analisarão tudo que foi dito, voltando no tempo e fazendo projecções, explorando cada palavra, cada expressão, cada gesto, na tentativa de encontrar qualquer ramificação plausível.
Elas continuarão a discutir este assunto por semanas, talvez meses, sem nunca chegar a uma conclusão, mas sem nunca se cansarem.
E o André, ao jogar snooker com um amigo comum, antes de dar uma tacada numa bola casual a meio do jogo irá perguntar ao amigo:

- Olha lá, sabes se a Rita já teve um cavalo?


Este texto está hilariante!
Mas muito actual.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007



Vazio
Dor
Frio
Medo
Solidão
Amargura
Ciúme
Traição
Noite


Tudo sentimentos que nos fazem sentir verdadeiramente vivos
Todos eles, mais que outros que nos podem dar vida
Quem disse que era mais fácil recordar as boas lembranças do que as más?
Não há duvida nenhuma que

Alegria
Amigos
Felicidade
Calor
Carinho
Dia
Amor
Luz
Confiança


Todos muito bonitos, sem duvida
Mas como podem ser tão bonitos e por vezes tão efémeros?
Como é possível estar-se rodeado por milhentas pessoas e ainda assim ser possível sentir ser a pessoa mais só do mundo?
Se assim é, talvez seja porque há qualquer coisa que se encontra trocada
Algo não está bem…

Será só Aqui? Com o mundo? Ou com os outros?
Inconformada?
Demasiado exigente?
Caprixo?
Cansaço?
Deprimente?
Teimosia?
O que é isto que consome? Que magoa. Que corrói. Que esfaqueia.
Corrompida?
Estupidez?
Gelo?
Nua?
Fingimento?
Desprovida de quê?
O que pode faltar?
De que queixar?
Quem culpar?
Vingança?
Castigo?
Porquê?
…E amanhã??
[Nem tudo são rosas... Mas sei que continuo a ter as minhas... CDF claro! Nunca esquecendo do menino que quer os meus gémeos ;) ]

domingo, 21 de janeiro de 2007


Nem preciso dizer de quem são.....
Ai tão ELES.... Os verdadeiros...
lol

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007



Quase que me esqueci a....
lololol

domingo, 14 de janeiro de 2007

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

"Caminhar"



Caminhar/andar - Andar é o deslocamento daquilo que tem pernas.No sentido mais geral, andar é o mesmo que avançar!

Pra ti que ficou mais dificil(Andar), sem ajuda de muletas, fica ai o desejo de rapidas melhoras Bydon =) [ ]!!

terça-feira, 9 de janeiro de 2007

Guardiã do Balneario ou " Guardiã das Reformas"?




AHHH Leoa, nao te escapa nada lol!
Chegada da rainha a coimbra!!!
muito amor..
miss u lov u
lololol

Volta a figueira em bicicleta!!!!
lolol

domingo, 7 de janeiro de 2007

Mas é que tava uma ventania!!!!lolol

CORRE CAVALHEIRO CORRE!!!!lol
O coração ja batia mais rapido faltavam poucos minutos pa passagem de ano...
As 23.58 PUM saltou a rolha é a passagem d ano antecipada dos CDF's...
Sempre mt a frente...
lol

sábado, 6 de janeiro de 2007


Não tentem fazer isto...
É perigoso...
lol

A tentar fazer fotossintese...
Tava dificil apanhar sol...
lol

oohhh yyeehh!!!
lol
começo de uns dias muito desassossegados.lol

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

CDF STYLE
Em primeira mão... a antevisão do catálogo CDF! Brevemente CDF merchandise em todas as lojas do país! E poderás vestir-te como os CDF!!